Dúvidas respondidas para começar a escrever artigos no LinkedIn.

Uma pessoa me procurou recentemente com dúvidas sobre como escrever um artigo no LinkedIn, desde a ideia até transformá-lo numa publicação para o LinkedIn.

Algumas das perguntas feitas por ela eram as mesmas dúvidas de outras pessoas que já haviam conversado comigo sobre o assunto e o que notei em comum é que, esse desejo vem da vontade de se expressar, contudo, ainda carente de estrutura.

Portanto, levantei as dúvidas mais recebidas e inseri por conta própria outras perguntas necessárias para que você, entusiasta da escrita, responda sobre seu texto e o veja tomar forma e ser publicado.

Sobre o que escrever no LinkedIn?

Pelo menos com as pessoas que conversei, elas já tinham ideias para um ou mais textos, mas faltava organizá-las.

Pois não adianta um “auto-brainstorm” se as ideias continuam no Brain e organizadas como uma Storm, logo, pegue papel e caneta, abra um bloco de notas ou faça um grupo no WhatsApp seu com você mesmo e anote lá sua tempestade de ideias.

Depois disso, as ideias vão continuar desorganizadas, mas tudo bem! Porque agora para cada texto, é necessário que você…

Defina para quem você vai escrever:

Se seu objetivo final é publicar, você quer que seu texto seja lido, né? É! E isso é mais que natural: é uma forma de se expressar para se conectar com outras pessoas e/ou atrair oportunidades de negócios.

Sim, é possível fazer ambos, é o que faço hoje! Porém só consigo isso pois tenho meu público-alvo muito bem definido e eles estão onde mais produzo.

Por exemplo, se o seu público-alvo são estudantes de até 24 anos que estão em busca de cursos básicos ou mentorias, é importante ter em mente que seus artigos vão interessar apenas 30% dos usuários do LinkedIn, filtrado ainda pelo seu segmento.

Não que seja uma mixaria, mas nesse caso seria interessante pensar num conteúdo para Instagram, Youtube ou até TikTok.

Por este motivo é que foco no LinkedIn, pois meus clientes, tanto os de quando era um empreendedor solo, quanto os novos da Invoice Content, possuem entre 25 e 60 anos, uma vez que nossos serviços são B2B (“Bizniz” to “Bizniz“).

Além disso, ter o público-alvo definido vai ajudar você a adequar o seu estilo de linguagem, sua comunicação e assuntos abordados, afinal, se deseja escrever para profissionais experientes do Comércio Exterior eles não vão querer ler um texto sobre “o que é a Proforma Invoice?”, né?

Trate de temas sobre os quais tenha experiência.

De preferência que tenha MUITA experiência, pois assim sua única preocupação será escrever.

A sua experiência pode ser técnica, para desenvolver sua autoridade, ou pode ser mais prática, para começar também a questionar e atrair outros especialistas a tratar do assunto.

Caso queira falar de algo que não manje tanto sem comprometer a qualidade do seu texto (isso se chama “ter responsabilidade”), tenha em mente que isso vai demandar tempo de pesquisa.

E, se for assim, não pega nada mal deixar claro para seus leitores suas limitações sobre o assunto dentro do tema, pelo contrário, afinal ninguém merece Especialistas em Generalidades.

Será que alguém já não escreveu sobre o que quero escrever?

Perdão meu francês, mas quanto a isso…

Ninguém se torna dono do tema só porque já tratou dele! Além disso, vamos supor que astrologia funciona e os astros conspiraram e amanhã um(a) profissional de cada uma dessas áreas (que não se conhecem):

  • Agenciamento de Carga;
  • Despacho Aduaneiro;
  • Trading Company; e
  • Indústria/Comércio.

Decidem publicar um artigo abordando, cada um à sua maneira e do seu ponto de vista, “3 dicas antes de realizar a primeira Importação”, você acha que vai ter alguma dica igual a outra?

Mesmo que esses 4 trabalhassem juntos, as experiências individuais tratariam do tema de forma diferente.

Pode até coincidir de alguém publicar um tema muito parecido com o seu próximo artigo, então para não ficar um climão, preze pela transparência: avise o autor da coincidência e, se possível, espere pelo menos 2 semanas para publicar o seu.

Como escrever o artigo?

Quando escrevemos para os clientes da Invoice Content existe todo um estudo e técnica na criação da estrutura do texto para que atenda aos objetivos de alcance e autoridade.

Mas como a minha ideia é dar dicas para você, sozinho, escrever com foco no seu LinkedIn, vou mostrar como faço com meus próprios artigos.

1 – Consulte suas ideias de assuntos.

Lembra a dica lá do início (sobre anotar suas ideias)? Agora é hora de consultá-las para escolher sobre qual você deseja escrever.

Conforme você olha sua tempestade de ideias, automática e naturalmente começará a organizá-las, pois perceberá temas que conversam entre si (e que podem ser uma série de textos) ou outros que são simples demais para render um artigo sobre ele sozinho.

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Por isso que me acostumei a usar uma planilha na nuvem, pois é mais ágil para anotar e organizar.

À medida que for polindo os assuntos acabará contemplando algum que lhe dirá:

“Tá na hora de escrever sobre mim”!

2- Explique sobre o que deseja escrever.

Após escolhido o tema, abra um Doc (Word ou similar) que possua a função salvamento automático e comece a escrever qualquer coisa dentro do tema, como se não houvesse amanhã.

Dica vital: não escreva diretamente na plataforma de artigo do LinkedIn, já perdi um texto inteiro lá.

É agora o momento de vomitar essa nova tempestade da mente para o papel, dane-se gramática, se não faz sentido, se tem palavrão… diga para si mesmo por que esse tema é importante, qual o problema dele, qual a solução?

Essa é a parte mais difícil, pois é aqui que seu texto começará a tomar forma, é um momento solitário pois, mesmo em assuntos técnicos, isso vai lhe causar reflexões capazes de fazer você mudar de ideia: será necessário encarar suas convicções e o domínio sobre o tema.

É provável que na primeira vez a parte do “escrever qualquer coisa” acabe te travando, portanto, tente responder algumas das perguntas abaixo em um ou dois parágrafos:

  • Por que esse tema é importante?
  • Qual o problema a tratar?
  • Qual a solução?
  • Seu objetivo com ele é: ensinar, gerar uma reflexão, uma discussão?

3 – Divida o assunto em subtítulos.

Passada a tempestade mental, é hora de organizar as ideias em subtítulos, no caso do LinkedIn são as opções de Título 1 e Título 2, ao lado do “Menu de Publicação”.

Lembra como foi escrever seu TCC ou Monografia? Em que precisou estruturar os capítulos e subtítulos, então, essa é a versão menor, simplificada e divertida de escrever.

De forma geral, seu texto terá a seguinte estrutura:

  1. Explicar a importância ou razão de falar.
  2. Apresentar solução, explicação, casos e argumentos.
  3. Apresentar suas considerações finais.

A Parte 1 costuma estar na introdução do tema, ou seja, no espaço depois do título do artigo e antes do primeiro subtítulo, mas este espaço é utilizado de forma mais provocativa.

A quantidade de subtítulos dentro de um subtítulo vai depender de como você pretende apresentar as ideias que organizou.

Depois de definido isso, comece a alimentar cada um dos subtítulos. Normalmente deixo a introdução do tema por último, pois é onde explico o que vai ser apresentado (e não tem como fazer isso se ainda não sei o que escrevi no resto).

Entenda que é assim que EU faço, porque é dessa forma que funciona para mim, se não servir para você, faça outros testes para descobrir a sua metodologia 😉

Qual o tamanho ideal para um artigo no LinkedIn?

Se seu artigo tiver legibilidade, ou seja, um bom ritmo de leitura, isso não chega a ser uma preocupação relevante.

Mas provavelmente você vai se empolgar no primeiro texto e vai querer tratar de TUDO dentro do tema escolhido, erro que cometi e outros que pediram minha ajuda também cometeram.

Normal, faz parte da empolgação de se expressar.

Mas para facilitar, em números, sugiro um mínimo de 800 e no máximo 1500 palavras, se chegar em 2000 entendo que é melhor fazer uma Parte 2/Continuação ou dividir o tema em dois artigos.

Não é regra, tenho artigos aqui com mais de 2300 palavras (esse é um deles hehehe), mas isso requer experiência na apresentação das ideias, para que ele não fique maçante:

Lembre-se que o leitor de internet é apressado.

No primeiro texto, 1500 palavras parecerão pouco, mas afirmo com tranquilidade que a arte mais importante a ser dominada, na escrita, é a de conseguir expressar tudo que deseja com o mínimo de palavras possíveis.

Ainda mais que conteúdo prolixo demonstra sua inexperiência com o tema.

E caso seu texto tenha resultado em menos de 600 palavras: é melhor se aprofundar mais ou transformá-lo num post rápido.

E se tiver algo errado no artigo?

Essa sua preocupação está associada à insegurança que temos de nos expor ao produzir e publicar qualquer conteúdo.

Pois isso demanda aceitar que você será julgada(o) e que a internet cheia de fdp críticos de plantão apenas procurando os problemas nos textos alheios ou a fim de começar uma discussão nos comentários apenas para pôr para fora a frustração da própria vida.

Até hoje tenho o medo de escrever algo errado, mas é possível minimizar esse receio:

Você vai errar.

Talvez não no seu primeiro artigo, mas se pegar gosto pela escrita e tornar isso uma rotina, é questão de tempo que erre:

  • na gramática;
  • nas fontes consultadas;
  • nos cálculos; e
  • em esquecer os créditos das imagens publicadas.

Pode ser uma simples barra de espaço faltando ou o próprio nome do artigo (sim, já fiz isso), resultado da inexperiência ou da pressa.

Com o tempo se aprende a tomar mais cuidado, mas continuo errando até hoje, por isso é importante também que:

Mantenha a humildade.

Deixe claro o quanto domina do tema, que o texto é reflexo de suas experiências, porque está trazendo o tema para discussão e peça a opinião dos outros nos comentários.

Esclarecer suas limitações não vai comprometer sua autoridade, pelo contrário, vai fortalecer sua credibilidade e, quando cometer erros inocentes em seus conteúdos, as pessoas lhe ajudarão a corrigi-lo, ao invés de crucificá-lo.

E falando em humildade, pratique a sua diariamente e:

Mostre o artigo para alguém antes de publicar.

De tanto ler, escrever e reescrever o mesmo texto, sua mente otimizará a leitura de forma que ignore os erros, especialmente os gramaticais.

Além disso, o seu texto precisa estar claro o suficiente para que o leitor entenda o que você quer dizer.

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Logo, mostre seu texto a alguém, de preferência que seja um leitor assíduo, que de cara conseguirá encontrar problemas de concordância e de comunicação.

Apenas tome cuidado para que as correções de seu revisor/amigo não comprometam sua personalidade de comunicação.

Como ter engajamento nos artigos?

Entenda que justamente a modalidade Artigo é opção de mídia com o pior alcance dentro do LinkedIn, a rede até melhorou a entrega ao permitir que alguns criadores de conteúdo pudessem criar Newsletters, mas, pelo que noto, ainda é a minoria que tem acesso à função ou que a utiliza.

Lembre-se: tenha em mente para quem vai escrever.

Chame a atenção no título e nas primeiras linhas.

Seu título e introdução são o momento de vender o texto para que seja lido.

E, se está tentando despertar a atenção, é importante tomar cuidado para que não force a barra ou minta.

Se o nome desse artigo fosse “Como escrever um artigo no LinkedIn”, ele careceria de motivação, por isso adicionei a parte “para começar a escrever”, dessa forma, lhe motivo a ler para que vislumbre o que será possível conquistar com ele.

Assim como é preciso cuidado com o excesso de motivação, caso esse texto se intitulasse “Aprenda a ficar rico comigo apenas escrevendo artigos no LinkedIn” e ainda viesse ilustrado com uma foto minha na frente de um carrão (que não tenho), estaria sendo um arrombado desonesto.

Envie o texto para seus conhecidos.

Depois de publicado, mande o link dele para seus amigos e colegas de trabalho, ou para grupos grandes que tratam do tema relacionado.

Lembre-se que artigo no LinkedIn tem um péssimo alcance, então essa ajudinha é bem-vinda.

Só não insista, uma vez por texto basta 😉

Interaja nos comentários.

É bom ganhar uma curtida, mas os comentários provam que o texto foi tão importante para aquela pessoa que ela parou um instante da vida dela para comentar.

Logo, reserve um tempo do seu dia para interagir com todos que comentam, exceto com Haters e os Sem-Noção, claro.

Sem contar que comentários ajudam no alcance de qualquer conteúdo, a rede vai entender que aquele tema é relevante.

Não tente agradar todo mundo.

Tenha personalidade e se expresse do jeito que lhe é mais confortável, não é porque um assunto é técnico que ele precisa ser apresentado de maneira formal.

Se tentar agradar todo mundo com o seu texto, você não será lembrando por quase ninguém, mesmo depois de escrever 30 artigos.

Vale a pena escrever artigos no LinkedIn?

Considerando que esta é uma das principais fontes de receita da Invoice Content, posso dizer que sim, foi o que me gerou oportunidades para dar aula, palestras e iniciar o Invoice Cast.

Vídeos no Youtube ou IKTV tem alcance maior, concordo, porém demandam mais trabalho para publicar com um mínimo de qualidade e edição.

Sem contar que você pode começar nos textos para depois migrar para o vídeo, ou continuar com ambos.

Priorize nos artigos a qualidade e recorrência.

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Escrever é uma arte que necessita repetição, se depois do primeiro texto você tomar gosto pelo negócio, determine uma rotina de publicação quinzenal ou mensal. Isso é necessário para que o algoritmo da rede (e do seu Blog) te favoreça no alcance e para que não seja esquecido por quem te acompanhada.

Já publiquei semanalmente e não recomendo, o que era prazeroso acabou se tornando um fardo.

Seja lá qual for sua recorrência, não permita que ela sacrifique a qualidade, é preferível atrasar uma publicação do que postar um conteúdo leviano. Todas as redes sociais estão cheias de publicações rasas ou copiadas de outros produtores, de nada adianta ser mais um.

E você, amiga(o)?

Ainda tem dúvidas sobre escrever um artigo no LinkedIn? Já tentou escrever? Como foi a experiência? Esse artigo te inspirou a começar? Já publicou algo? Se sim, manda o link do texto nos comentários!

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